O melhor sol e mar estão no Sul de Portugal
Algarve, uma fonte de energia a um pulinho da capital
Com um clima agradável durante praticamente todo o ano, o Algarve constitui um dos destinos preferidos dos turistas, a nível nacional e europeu, que procuram mudar de cenário sem ir muito longe. Situado no extremo Sul de Portugal, o Algarve é limitado pelo Alentejo, a Norte, pelo Oceano Atlântico, a Sul, e pelo rio Guadiana, a Este.
As melhores praias, paisagens de sonho e campos de golfe da costa oeste da Europa
Com mais de 300 dias de Sol por ano, o Algarve é uma região abençoada. É, sem dúvida, nas suas diversas praias, que se estendem ao longo de mais de 200 quilómetros pela linha costeira que vai de Este a Oeste, que é possível tirar melhor partido desta condição privilegiada. A paisagem das praias algarvias varia entre as dunas protegidas e as enseadas escondidas entre rochas, pequenas baías e vastos areais ou lagoas e rias pouco profundas e a ondulação agitada do Oceano Atlântico.
Eis algumas das praias que vale a pena destacar na região: Manta Rota (em Monte Gordo), Ilha de Tavira (Tavira), Meia-Praia (Lagos), Odeceixe (na fronteira entre o Algarve e o Alentejo), Praia da Galé (em Albufeira), Praia da Rocha (Portimão), Praia do Barril (Tavira), Praia da Falésia (Várzea da Quarteira, Albufeira), Praia de Arrifana (Aljezur), e Praia dos Olhos de Água (Olhos de Água).
Além do azul do mar, é o verde da natureza a cor que preenche a tela paisagística do Algarve. Há diversos locais na região onde os amantes da natureza podem respirar o ar puro, quer seja através de caminhadas por percursos marcados, visitas guiadas ou visitas a centros de interpretação.
Existem na região algarvia vários parques naturais, sítios classificados e outros locais de interesse ecológico onde sobrevivem espécies de animais e plantas que já se encontram em vias de extinção fora destas áreas. Nestes espaços protegidos, onde extensões enormes de vegetação se misturam com curiosidades geológicas, é possível assistir, por exemplo, à passagem das aves migratórias ou observar lontras, cágados, flamingos, cegonhas, garças ou galinhas sultanas.
Vale a pena destacar as seguintes áreas protegidas
- Fonte da Benémola: Inserida no Barrocal, entre Querença e Tôr, conserva uma flora diversificada e diversas espécies exclusivas de animais, como a lontra ou os morcegos que habitam as cavernas.
- Rocha da Pena: Um maciço rochoso que se encontra entre Benafim e Salir, composta por mais de 390 espécies de plantas e onde predominam as grandes aves e rapina, como a águia de Bonelli, a águia de asa redonda e o bufo-bravo. Também habitam lá coelhos bravos, ouriços, raposas, ginetes e javalis de pequeno porte.
- Ria de Alvor: Com 1400 hectares de extensão, entre Portimão e Lagos, trata-se de um complexo lagunar que é a zona húmida mais importante do Barlavento algarvio. É formada por sapal e dunas e constitui um refúgio para numerosas aves autóctones e migradoras que aqui nidificam.
- Serra de Monchique: Situada a Noroeste da região, é um jardim singular, com espantosos cenários, como ribeiros a escorrer pelas escarpas, cumes onde crescem medronheiros, carvalhos, pinheiros e castanheiros. Recomenda-se uma paragem nas suas seculares termas e uma subida ao pico da Fóia, o local mais alto do Algarve.
- Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina: Trata-se da maior extensão de costa portuguesa protegida e ocupa uma área de 76 mil hectares, dos quais cerca de 80 km se encontram entre a praia de Odeceixe e a vila do Burgau. Um santuário natural cuja orla marítima é recortada por falésias, praias e dunas, e cujo interior é marcado por colinas. Tem uma vegetação muito variada, assim como fauna, de onde se destacam as lontras, raposas, javalis, texugos, gatos-bravos e o lince ibérico, além de aves como as graças, cegonhas, guarda-rios e galinhas que habitam a Costa Vicentina.
- Sapal de Castro Marim: Situada junto à foz do Guadiana, esta área formada por sapais, salinas e esteiros, com zonas secas de xistos, grés vermelho, areias e arenitos, foi a primeira reserva classificada em Portugal. É um verdadeiro paraíso botânico e habitat natural para 153 espécies de animais, entre as que se encontram flamingos, cegonhas, pilritos e pernas vermelhas, além de numerosas espécies de moluscos, peixes, répteis, anfíbios e crustáceos. No Cerro da Rocha há um centro de acolhimento onde encontrará informação para a sua visita.
- Parque Natural da Ria Formosa: Sistema lagunar com cerca de 18 mil hectares, que se situa entre a península do Ancão e a praia da Manta Rota. É habitat privilegiado para espécies como o flamingo, a águia de asa redonda, a galinhola, o guarda-rios e o camaleão. Contudo, a estrela do parque é a galinha-sultana, uma espécie de ave rara que se reproduz exclusivamente nestes lagos. Poderá descobrir este universo em caminhadas pelos trilhos pedestres ou em passeios de barco. A sua sede situa-se na Quinta de Marim, perto de Olhão.
O Algarve foi eleito diversas vezes como o Melhor Destino Mundial de Golfe pela International Association of Golf Tour Operators e não é por acaso. Só aqui é possível contar com as condições climatéricas perfeitas para garantir torneios entusiasmantes. Os campos de golfe algarvios privilegiam localizações naturais bem preservadas e primam pela sua qualidade, assim como a das instalações (rede de hotéis, transfers, etc.,) que as suportam.
Dos mais de 30 campos de golfe existentes na região, durante a sua visita ao Algarve, não pode deixar de conhecer os de San Lorenzo (na Quinta do Lago, em Loulé), o Oceânico Old Course (em Vilamoura) e a Herdade dos Salgados (próximo da praia da Galé, entre Pêra e Albufeira).
A gastronomia algarvia tem uma estrela: o mar
Graças à longa tradição piscatória da região, as especialidades algarvias por excelência, sobretudo no litoral, incluem peixe e marisco. Nesse sentido, quem visita o Algarve não pode deixar de experimentar as deliciosas cataplanas e caldeiradas de peixe, assim como os bifes de atum de Tavira e Vila Real de Santo António (com amêndoas ou em estupeta), as sardinhas e o polvo de Santa Luzia (estufado em vinho, panado, grelhado, com arroz malandro ou assado no forno). Os berbigões, os lingueirões, as ostras, as lulas e os chocos são também ingredientes frequentes nos menus algarvios.
No que toca às carnes, salientam-se os pratos de influência serrana, como o porco, os enchidos, as papas moiras com farinha de milho e água da cozedura das morcelas, e os presuntos de carne escura. Em época de caça, vale ainda a pena experimentar a deliciosa sopa de lebre e a perdiz estufadas.
Já em relação às sobremesas, as amêndoas e os figos são os protagonistas no Algarve. Os Dom Rodrigo, o morgado de amêndoa e o maçapão são alguns dos afamados doces regionais. Também de comer e chorar por recomendamos as estrelas e os figos cheios (recheados com pedaços de amêndoa, açúcar e chocolate), os queijos de figo (moldados com pasta de figo e amêndoa moídos, chocolate, açúcar e condimentos secretos) e os doces em forma de peixe ou galinha, que também usam figo moído ou inteiro, cortado à tesoura.
Uma região sempre em festa
Embora a época estival seja aquela em que mais turistas chegam ao Algarve, ao longo de todo o ano realizam-se festas que justificam uma visita à região. Por exemplo, em Fevereiro, celebra-se o Carnaval, sendo que em Loulé se realiza aquele que é considerado o mais tradicional do país. Realiza-se uma parada que traz carros alegóricos coloridos, gigantones, grupos de samba e muita música.