Peru: Lima, Arequipa, Cusco e Lago Titicaca, circuito clássico

Pequeno-almoço incluído e dia inteiro à disposição para percorrer esta cidade, desfrutar da sua gastronomia, visitar algum dos seus interessantes museus e passear pelas ruas principais para conhecer um pouco da capital do país. Fundada por Francisco Pizarro com o nome de Ciudad de Los Reyes, a sua localização deve-se a motivos estratégicos, já que era necessária uma cidade com saída para o mar. A criação de Lima relegou para segundo plano a cidade de Cusco, que tinha sido a capital do poderoso império inca. A nova capital foi erguida no meio do árido deserto costeiro num vale irrigado pelas obras de engenharia dos seus antigos povoadores. Pelo seu porto, Callao, saía a prata de Potosí e outros minerais ao mesmo tempo era porto de entrada para os produtos que vinham da Europa, para ser distribuídos pelas terras da América do Sul. No século XVII, a capital vivia uma época de grande esplendor, perturbada por alguns ataques de piratas. A partir do Parque do Amor, em Miraflores, desfruta-se de uma espetacular vista sobre o Oceano Pacífico. Os vestígios arqueológicos de Huaca Pucllana, originalmente composto por um grupo de pirâmides, constituíam o antigo centro cerimonial. San Isidro é o centro residencial e financeiro da cidade, onde se encontra a Huaca Huallamarca, que foi um santuário ou templo religioso pré-inca. A Plaza de Armas é o centro da cidade colonial, onde se concentram os principais edifícios, como o Palácio de Governo e o Palácio Municipal e a Catedral, que apesar de ser um edifício bastante austero, tem na sua fachada detalhes do estilo renascentista, com adornos platerescos e, no interior, diferentes estilos visíveis, desde o gótico tardio, o renascentistas, até ao barroco e plateresco. Ainda podemos observar o Convento de Santo Domingo, cujos corredores foram percorridos por São Martim de Porres e Santa Rosa de Lima, no século XVII.

Transfer para o aeroporto, para embarcar num voo com destino a Arequipa. Chegada, assistência e transfer para o hotel. Dia livre para visitar esta cidade. Localizada a uma altitude de 2300 m acima do nível do mar, num ambiente protegido por três grandes vulcões, Arequipa é um local que testemunhou a passagem de diferentes culturas desde há milhares de anos, começando pela cultura Huari, os Incas, sendo posteriormente um povoado de uma população colonial, embora naquela época fosse uma cidade de construções simples, com edifícios de adobe e telhados de colmo. A falta de resistência desses edifícios perante terramotos forçou os seus habitantes a utilizar um tipo de construção mais sólida, usando as pedras vulcânicas brancas da região. Pouco a pouco a cidade foi mudando de cor, por isso é conhecida como A Cidade Branca. As suas ruas ainda conservam grande parte dos edifícios coloniais dos séculos XVII e XVIII, sua era de esplendor, pois na época era uma passagem obrigatória do minério transportado das minas de Potosí para a costa. O belo bairro colonial de São Lázaro é o bairro mais antigo da cidade, em pleno centro histórico, considerado hoje Património Cultural da Humanidade, chamando ao passeio pelas suas ruas pitorescas, adornadas com gerânios em direção ao miradouro de Carmen Alto, que oferece uma bela paisagem de onde se podem ver os terraços incas, obras de adaptação dos terrenos para maximizar as adversidades orográficas, transformando as encostas da montanha em campos de cultivo. A partir daqui, também pode ver os três vulcões guardiões que cercam a cidade: Misti, Chachani e Pichu-Picchu. O distrito colonial de Yanahuara, situado na área metropolitana da cidade, é um bairro tradicional da cidade, que conta com a sua zona histórica, com estreitas ruas calcetadas e casarões antigos, sendo, simultaneamente, um dos distritos mais modernos do país, famoso pela sua igreja, construída em estilo andaluz e mestiço, com uma bela arquitetura com uma fachada barroca e um interior rodeado de arcos de silhar. Também possui uma localização estratégica, com um excelente mirante de onde são contempladas todas as paisagens do bairro de Yanahuara. O Mosteiro de Santa Catalina, um impressionante convento de clausura, um autêntico labirinto de edifícios em cor de tijolo e azul pastel, dispostos ao longo de várias ruas com vielas, praças e jardins, lembrando até certo ponto os bairros antigos de Sevilha ou Granada. Sem esquecer a Plaza de Armas, uma das maiores do país, rodeada por arcos elaborados em granito e de estilo neo-renascentista. Aqui pode apreciar-se a Catedral, reconstruída em grande parte, pois o antigo prédio original foi destruído várias vezes por movimentos sísmicos e devastado por um incêndio. A Igreja da Companhia de Jesus, fundada no século XVII pelos Jesuítas, resistiu melhor que outros edifícios aos diferentes terramotos que afetaram a cidade. Esta é uma das mais belas igrejas do país, na qual se destacam os claustros e a sua fachada, que sobressaem devido à sua rica ornamentação, bem como os seus retábulos, revestidos a folha de ouro, que se encontram no interior, sem esquecer também a famosa Cúpula de San Ignacio.

Transfer a Puno em regular em espanhol. Puno, porto lacustre nas margens do lago Titicaca, o mais alto lago navegável do mundo, miticamente considerado a origem das grandes civilizações pré-hispânicas. A beleza da cidade é uma mistura das típicas construções andinas, com igrejas e casarões coloniais, localizada no sopé de uma colina e nas margens do lago. Perto da cidade, encontram-se também interessantes complexos arqueológicos de diferentes culturas pré-incas, assim como outras cidades coloniais, que albergam joias arquitetónicas daquela época. Puno é considerada também a capital folclórica do país devido à riqueza das suas expressões artísticas e culturais através das suas danças e peças de vestuário. Assistência à chegada e alojamento em Puno.

Pequeno-almoço e partida para dedicar este dia a conhecer o lago Titicaca, este grande mar interior de águas doces e intensamente azuis, que recebe as águas de cerca de vinte rios. Como tal, o mar apresenta as marés típicas do nascer do sol com uma superfície completamente lisa e rompe no meio da tarde com ondas que balançam as típicas balsas. Existem cerca de 40 ilhas construídas à base de totora (planta aquática), constituindo um importante arquipélago flutuante, habitadas por várias famílias. Este também é um lugar mítico e lendário, ligado à origem dos incas. A navegação começa com a visita à comunidade dos Uros, onde iremos visitar duas das suas ilhas para apreciarmos a beleza singular deste local, assim como para conhecer a cultura e modo de vida dos seus habitantes de origem milenar, um povo ancestral, que habita desde tempos imemoriais as suas ilhas artificiais, mantendo os seus costumes e ritos sem grandes mudanças com a passagem do tempo. Na atualidade, praticam tradições antigas, com maior influência Aymara. A pesca, a caça e a recoleção de ovos são o modo básico de subsistência dos Uros, que complementam a sua economia com a atividade artesanal. No final da visita, regresso a Puno. Tarde livre para descansar ou visitar alguma das atrações desta cidade, percorrer as suas ruas, com miradouros para o lago, restaurante e lojas de artesanato, ou para conhecer alguns dos outros interessantes lugares que se encontram nos seus arredores.

Pequeno-almoço no hotel. De manhã, saída em autocarro turístico para a cidade de Cusco, localizada a cerca de 390 km. Uma rota em que pode ver uma bela paisagem, na qual também há locais de grande interesse. Durante esta viagem haverá várias paragens para visitar e conhecer as atrações desta rota interessante. A primeira paragem será no Museu de Sítio de Pucará. Este é o centro cerimonial mais antigo do planalto, de origem Tiahuanaco, caracterizado por uma série de plataformas escalonadas. No seu museu são exibidos vestígios da cultura Pukara, recuperados no local, compreendendo monólitos, estelas e esculturas zoomórficas, bem como cerâmicas de várias formas e tamanhos, como vasos, huacos, pratos e jarros, em bom estado de conservação. A oportunidade não deve ser desperdiçada para obter um dos touros clássicos da cidade. As próximas paragens serão para o almoço (incluído) e para apreciar as belas vistas de La Raya, o limite natural entre Puno e Cusco, sendo o ponto intermediário da rota, o mais alto da estrada, localizado a 4335 m acima do nível do mar e de onde pode ver o tipo variado de camelídeos andinos, como lamas, alpacas ou guanacos, no seu habitat natural. Continuação para Racchi, um assentamento arqueológico inca, também conhecido como Templo do Deus Wiracocha. O complexo consiste em diferentes áreas, cada uma delas destinada a uma função. Um centro no qual se destacam as enormes paredes e passagens do recinto. Seguindo a rota, antes de terminar com a chegada a Cusco, visitará a bela capela Andahuaylillas, conhecida como Capela Sistina da América, pelos murais do seu interior, pois são um dos exemplos mais bonitos da arte religiosa popular andina. O percurso termina à última hora da tarde com a chegada a Cusco, conhecida como o "Umbigo do Mundo", sendo, em conjunto com os seus arredores, um conjunto com inúmeras atrações para agradarem a qualquer visitante. Assistência, transfer e alojamento no hotel.

Pequeno-almoço incluído e dia livre à disposição para percorrer esta cidade mágica e os arredores da antiga capital do Império Inca, hoje chamada Cusco. Na cidade, convém destacar a Plaza de San Cristóbal, onde se pode desfrutar de belas vistas para continuar em direção ao Mercado de San Pedro, onde poderá sentir a atmosfera e o sabor locais ao conhecer mais de perto os produtos do quotidiano neste mercado que tem praticamente tudo e que abastece toda a cidade. O Templo de Koricancha acolhe-o com toda a sua magnificência; o Recinto de Ouro é o nome em quíchua e o seu fausto ainda se sente nas suas paredes, que já estiveram completamente cobertas de ouro. A Igreja de Santo Domingo, construída, como outros edifícios coloniais, sobre as paredes dos antigos edifícios incas. Aqui pode ver a sobreposição das paredes retas da construção colonial sobre as paredes inclinadas do palácio inca. De San Blas, o bairro dos artesãos, pode-se descer a pé pela rua Hatun Rumiyoc para encontrar uma das pedras mais famosas do mundo, a dos doze ângulos, conhecida assim já que estas são as esquinas apresentadas pela rocha incrustada no muro que foi do palácio do Inca Roca, hoje Palácio do Arcebispo. A Plaza de Armas, construída no local que foi a praça principal dos incas, o centro nevrálgico do seu grande império. Ali localiza-se a catedral com três naves, apoiada por catorze colunas, abrigando no seu interior obras coloniais de valor incalculável. Nos arredores, destaca-se a impressionante cidadela de Sacsayhuamán, cheia de construções colossais e rodeada de belas paisagens, em fusão com o seu ambiente especial. Possui uma muralha tripla construída com rochas enormes, sendo que, mesmo hoje em dia, é-nos impossível imaginar como conseguiram manejar, cortar, transportar e colocar estes enormes blocos de pedra, ainda mais porque sabemos que, naquela época, os Incas não dispunham de metais para cortar e não conheciam o carro, não possuíam bois, pelo que a sua construção é, assim, ainda mais misteriosa. Tanto quanto se pode ver, parece que dentro do recinto havia três torres, duas quadradas e uma circular, das quais hoje só existe a base. Diz-se que a zona circular tinha as paredes forradas a ouro e que era este o local onde se colocavam os restos mortais dos reis. Também havia uma fonte com água em abundância e os dois torreões quadrados que se acredita serem destinados aos soldados que guardavam a fortaleza. Ainda assim, o propósito desta magnífica construção é desconhecido, não se sabe ao certo se se tratava de um refúgio, um monumento ou um centro ritual. O centro de culto inca de Qenqo é outro dos complexos que rodeiam a cidade imperial de Cusco. É um santuário localizado na colina de Socorro, mas como outros centros, ignora-se o verdadeiro propósito desta construção ciclópica, que poderia ter sido usado como um tribunal, um anfiteatro ou o túmulo de um alto dignitário inca. Embora pareça que o centro era utilizado como um local de culto e observatório astronómico, onde é de particular interesse o seu anfiteatro semicircular e as suas labirínticas galerias subterrâneas, marcadas com canais em ziguezague, assim como o seu altar incrustado na parte interna de uma formação rochosa, trabalhado com uma técnica excecional. Aqui encontra-se também a atalaia de Puca Pucará, uma construção militar composta por grandes muros, terraços e escadas, fazendo parte do conjunto defensivo de Cusco. Um excelente exemplo de arquitetura militar que funcionava ao mesmo tempo como centro administrativo, que convida os visitantes a explorar suas calçadas e passagens pelas quais os personagens míticos do império inca transitavam. Perto de Puca Pucará, Tambomachay é outro dos monumentos de notável excelência arquitetónica, considerado um dos pilares da cosmovisão andina. O edifício foi inteiramente construído em pedra esculpida e consiste em quatro paredes ou terraços escalonados e anexados à colina, com uma construção de blocos de pedra perfeitamente montados.

Pequeno-almoço no hotel e partida para o Vale Sagrado dos Incas. Vale muito apreciado pelos Incas, graças às suas qualidades climáticas especiais e à fertilidade das suas terras, sendo um dos principais pontos de produção agrícola. Irrigada pelos rios que descem pelas ravinas e pequenos vales, conta com inúmeros monumentos arqueológicos e povoações indígenas. Ainda hoje é possível ver os antigos terraços incas destinados à agricultura e a diferença entre estes terraços, localizados nas alturas, e as construções coloniais espanholas, edificadas nas margens do rio. Partida para a localidade de Chinchero, a mais típica e pitoresca do Vale Sagrado. Esta localidade também é famosa pelas suas tecelãs, havendo uma breve paragem num centro têxtil para apreciar os seus belos tecidos e onde irão ensinar as antigas técnicas incas para tingimento e fiação com lã de alpaca. Continuamos em direção a Moray, um bonito e curioso complexo arqueológico Inca composto por socalcos concêntricos que simulam um grande anfiteatro. Na época Inca servia de laboratório agricola no qual eram recreados vários micro-climas. Almoço (incluído) num dos restaurantes da região. Na parte da tarde, continuação para Ollantaytambo, uma aldeia pitoresca que tem sido continuamente habitada desde o período Inca, onde haverá uma visita ao centro arqueológico, um local de destaque e importante para os incas, utilizado como centro militar, religioso e agrícola. Vamos visitar o Templo das dez janelas, os banhos da ñusta, o Templo do Sol entre outros locais de interesse. As imagens de postal a partir das alturas de Ollantaytambo vão encerrar este dia mágico no Vale Sagrado dos Incas. Alojamento em Valle Sagrado.

Pequeno-almoço e partida de comboio para conhecer uma das Novas 7 Maravilhas do Mundo, chegando à estação de Aguas Calientes, onde terá ajuda para subir aotransporte, que nos levará subindo por um caminho intrincado que nos oferece uma vista espetacular do rio Urubamba, para chegar à Cidade Perdida dos Incas, Machu Picchu, que nos irá receber com os seus incríveis terraços, recintos cerimoniais e áreas urbanas, para desfrutar deste dia inesquecível. Este é um lugar repleto de mistério, tanto devido à sua localização especial, quanto pelo conhecimento escasso que se tem do seu passado. Apesar de a construção não alcançar a perfeição e detalhe das paredes polidas de outras cidades incas, não deixa de ser impressionante pelo local onde foi decidida a sua construção, perdida entre altas montanhas verdes, cujo acesso ainda hoje é complicado. Na realidade, é a joia dos Tesouro do Antigo Peru, obra máxima inca, sendo um dos centros arqueológicos mais famosos do mundo e a atração turística mais visitada no Peru. Um monumento à divindade, aparentemente construído com uma finalidade religiosa-militar, a cidadela estava cercada por uma grande muralha de 6 m. de altura, com construções de pedra granítica, com portas e vigas de madeira e telhados de palha. Não era conhecida pelos conquistadores espanhóis, pelo que permaneceu escondida entre a vegetação, até ao início do século passado. Entrada na Cidadela para continuar por uma estrada inca e subir pela parte agrícola, com impressionantes terraços, até chegar a Intipunku ou Porta do Sol, a entrada para Machu Picchu da Trilha Inca, onde pode desfrutar um tempo para respirar a energia e sentir a mística que cerca esse lugar sagrado. À hora combinada, é iniciada a visita da Cidade Perdida dos Incas, Machu Picchu, percorrendo as suas ruas, escadarias e conhecer os pontos principais. Centros cerimoniais e religiosos, como o Templo do Sol, com as características paredes semicirculares, ou a Praça Sagrada, rodeada de templos e sobranceira a tudo o resto, ou a Sala dos Ornamentos, que podia ser utilizada para guardar objetos rituais. Edifícios destinados à realeza, como o Palácio do Rei que, com um grande pátio central, dava acesso às diferentes salas. Mas também para percorrer as estradas e escadarias urbanas, como a Escadaria das fontes, pela qual a água desce paralelo à mesma, ou o Bairro Alto, formado por uma série de edifícios e ruelas paralelas escalonadas consoante a inclinação do terreno. Almoço (incluído) num dos restaurantes da região. À hora combinada, regresso a Cusco por comboio. Chegada e transfer para o hotel. Alojamento. Nota: devido aos regulamentos de preservação de Machu Picchu e ao limite diário de visitantes, existem diferentes rotas para visitar a área. Será feita uma tentativa de confirmar o circuito 2 que atravessa as partes superior e inferior do sítio arqueológico. Em caso de ultrapassagem da capacidade, serão confirmado o circuito 1, que inclui a parte panorâmica - superior ou 3 que inclui a parte inferior do recinto.

Pequeno-almoço no hotel. À hora combinada, transfer para o aeroporto. Voo com destino a cidade de origem. Noite a bordo.

Chegada. Fim da viagem e dos nossos serviços.